Amazônia Indígena: Direitos e Recursos
Em 2019 demos início ao projeto Direitos e Recursos Indígenas da Amazônia (AIRR), com o objetivo de melhorar a participação dos Povos Indígenas no desenvolvimento econômico sustentável da Amazônia, levando à conservação da biodiversidade e redução das emissões da perda florestal.
O projeto contribui para a meta do Programa Ambiental Regional da Amazônia (AREP) de reduzir os impactos negativos de projetos de infraestrutura em grande escala, atividades extrativas e mudanças climáticas na floresta amazônica e nos recursos hídricos.
A iniciativa faz parte da Política de Biodiversidade da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) , que visa conservar a biodiversidade por meio do desenvolvimento sustentável, reconhecendo que o bem-estar e o progresso humanos dependem de um ecossistema saudável.
Uma das premissas do projeto é que avanços no desenvolvimento sustentável só são possíveis se a biodiversidade e seus guardiões regionais, os Povos Indígenas da Amazônia, forem valorizados e cuidados.
O projeto tem dois objetivos:
1. Direitos indígenas e interesses econômicos incorporados ao planejamento de desenvolvimento dos setores público e privado.
2. Empreendimentos indígenas dimensionados de forma equitativa e sustentável para os mercados locais, regionais e globais.
É implementado sob a liderança do WWF em parceria com a All in for Development, NESsT, DAR, COICA, quatro organizações indígenas nacionais (COIAB--Brasil, OPIAC-Colômbia, CONFENIAE-Equador e AIDESEP-Peru), e a participação de pelo menos oito organizações subnacionais de Povos Indígenas (IPOs), entre elas a FEPOIMT.
Garantir a conectividade digital dos Povos Indígenas é fundamental para apoiar a participação de lideranças indígenas e suas organizações no projeto. Com base nessa demanda, a FEPOIMT coletou informações dos suprimentos necessários para a conectividade digital de nove associações de Mato Grosso por meio das ferramentas desenvolvidas pelo ICV, em novembro de 2020.
O levantamento revelou que há necessidade evidente de equipamentos de computador, acesso à Internet, habilidades tecnológicas, fornecimento de energia e/ou espaço físico de escritório.
No Brasil, as organizações que participam do projeto, entre elas a FEPOIMT, desenvolveram o conteúdo e o formato do programa de treinamento de Especialistas em Comunicação para Jovens Indígenas, com a aplicação para 12 jovens líderes selecionados.